Miriana Machado e João Antonio Pêgas Henriques, Diretora Técnica e Diretor Científico da InnVitro, são dois dos dez autores da publicação “ATIVIDADE ANTICANCERÍGENA DO DIFENIL DITELURETO (DPDT) E ENVENENAMENTO POR DNA TOPOISOMERASE I EM CÉLULAS HCT116 DE CÂNCER DE CÓLON HUMANO”.
Diphenyl ditelluride anticancer activity and DNA topoisomerase I poisoning in human colon cancer HCT116 cells
André Luiz Mendes Juchem, Cristiano Trindade, Juliana Bondan da Silva, Miriana da Silva Machado, Temenouga Nikolova Guecheva, Jaqueline Cesar Rocha, Jenifer Saffi, Iuri Marques de Oliveira, João Antonio Pêgas Henriques and Alexandre Escargueil
O trabalho demonstrou que o DPDT tem como alvo preferencial as células de câncer colorretal HCT116, provavelmente pelo efeito poison por inibição da topoisomerase I. Esses resultados tornam o DPDT uma molécula interessante para desenvolvimento como um composto antiproliferativo no contexto do câncer.
O ditelureto de difenila (DPDT) é um composto organotelurado (OT) com propriedades farmacológicas (atividade antioxidante, antigenotóxica e antimutagênica) quando aplicado em baixas concentrações. No entanto, quando os tratamentos ocorrem em altas concentrações, DPDT e outros compostos OT também apresentam citotoxicidade em células de mamíferos.
Os mecanismos de ação de toxicidade induzidos pelo DPDT contra células tumorais são pouco explorados, e o objetivo do estudo foi investigar os efeitos do DPDT contra células de câncer e não tumorigênicas. Como modelo, foram utilizadas células de câncer colorretal HCT116 e fibroblastos MRC5. Os resultados obtidos mostraram que o DPDT atinge preferencialmente as células de carcinoma HCT116 quando comparado às células MRC5, apresentando valores de IC50 de 2,4 e 10,1 μM, respectivamente. Este efeito foi acompanhado pela indução de apoptose e uma parada pronunciada do ciclo celular G2/M em células HCT116. Além disso, a DPDT induz danos no DNA em concentrações abaixo de 5 μM em células HCT116 e promove a ocorrência de quebras de fita dupla de DNA principalmente durante a fase S, conforme medido pela coloração dupla γ-H2AX/EdU (marcação de quebras duplas / marcação de células em proliferação).
Por fim, o DPDT foi capaz de formar complexos covalentes com DNA topoisomerase I, conforme observado pelo ensaio TARDIS, com um efeito mais proeminente observado em células HCT116 do que em células MRC5. Conjuntamente, os resultados mostram que o DPDT têm como alvo preferencial as células de câncer colorretal HCT116, provavelmente pelo efeito do tipo poison na inibição da topoisomerase I.
Esses resultados tornam o DPDT uma molécula interessante para desenvolvimento como um composto antiproliferativo no contexto do câncer.
Leia o trabalho na íntegra no link https://www.oncotarget.com/article/28465/text/
Agradecemos a sua audiência! Até breve!
Miriam Benicio da Fonseca, MsC - COO
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